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Apostadores profissionais ganham até R$ 20 mil, mas especialistas se preocupam com regulamentação

Jhonattan Lago

As apostas esportivas vêm ganhando uma popularidade crescente desde 2018, com a sua liberação pelo governo de Michel Temer. De lá para cá, se tornou praticamente impossível assistir a algum jogo de futebol sem encontrar pelo menos um patrocínio de uma empresa de apostas, seja na camisa dos jogadores, no estádio, ou até mesmo no nome das competições mais importantes do esporte.

Com tanta visibilidade, as casas de palpites esportivos acabaram atraindo a atenção dos políticos brasileiros, que veem na prática uma oportunidade de arrecadar bilhões de reais com a regulamentação. Recentemente, mais precisamente no dia 25 de julho, o governo Lula publicou uma Medida Provisória para regulamentar as operadoras, taxando-as em 18%. Contudo, essa taxação vem preocupando alguns especialistas do setor, assim como os apostadores profissionais.

Tipos de apostadores

Com a difusão das apostas, foram surgindo diferentes perfis de apostadores, que podem ser classificados em dois grandes grupos: os apostadores profissionais e os recreativos.

Resumidamente, os apostadores profissionais são aqueles que levam os seus palpites a sério, e estudam extensivamente o mercado esportivo e das apostas através de análises estatísticas, usando estratégias meticulosas e habilidades para obter lucros consistentes. Como o nome indica, esse tipo de palpiteiro investe tempo e esforço como em uma profissão real para criar uma boa vantagem competitiva.

Os apostadores recreativos, por outro lado, dão os seus pitacos como forma de entretenimento, geralmente têm orçamentos limitados e se preocupam menos com a rentabilidade obtida.

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Apostadores profissionais

Os apostadores profissionais são aqueles com um controle estrito e planejado sobre as suas ações. Conforme o fundador da Fulltrader Sports e cientista de dados especialista em análise estatística para apostas esportivas em futebol, Ricardo Santos, “eles analisam dados, selecionam jogos e dispõem de planilhas de acompanhamento extremamente meticulosas e precisas. Esse tipo de apostador sabe exatamente como está aplicando seu dinheiro e quais as possibilidades de retorno. […] Por ser uma atividade repleta de análises, quanto mais tempo eles dedicam, mais dinheiro eles tendem a fazer em um longo prazo.”

Em uma entrevista para o E-Investidor, do Estadão, o palpiteiro Jean Geraldino Melo deu uma noção dos seus ganhos mensais. Segundo o apostador profissional, no início ele chegou a perder R$ 5 mil, mas continuou estudando o ramo e hoje vive disso. Atualmente, a sua renda mensal varia entre R$ 15 mil a R$ 20 mil, mas em um único mês ele chegou a levar R$ 80 mil.

Outro palpiteiro, Gustavo Fernandes Bailo Morato, contou a sua rotina para apostar. “É bem puxada entre fevereiro e setembro. Acordo às 4 horas da manhã para apostar nos jogos da liga asiática. No período da tarde, acontecem os jogos da Europa e, no fim do dia, as partidas da América do Sul e do Norte”, explicou Morato, que afirma levar entre R$ 5 mil a R$ 20 mil por mês.

Regulamentação

Profissionais e especialistas da área estão aguardando a regulamentação das apostas e, sobre a MP recentemente lançada, eles notam que há vários destaques positivos, como o controle da publicidade e mecanismos regulatórios contra a manipulação de resultados. No entanto, especialistas defendem que alguns pontos devem ser melhor discutidos, já que têm potencial de trazer prejuízos ao setor.

“O valor da outorga é extremamente alto [R$ 30.000.000,00 por licença por 5 anos]. Esse valor é extremamente fora da realidade do resto do mundo e pode afastar operadores médio e pequenos importantes para geração de empregos e para uma concorrência saudável, o que pode gerar um grande monopólio de grandes marcas”, explica Ricardo Santos.

O cientista de dados também critica o imposto de 30% sobre as premiações dos apostadores em caso de acerto, assim como a proibição de pessoas com ‘nome sujo’ de fazer apostas esportivas.

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